Seja
qual for o resultado dos prós e dos contras: no presente estado de uma
determinada ciência, o ressurgimento da observação moral se tornou necessário,
e não pode ser poupada à humanidade a visão cruel da mesa de dissecação
psicológica e de suas pinças e bisturis [...]. (Nietzsche)
No Velho
Testamento, não consta somente um “deus” personificado (ser vivo), conforme
sugere o monoteísmo (um único “deus” abstrato), como podemos ver em I Samuel
4:8, entre outros versículos. Quanto a eles serem reais e não abstratos, está
bem claro no Velho Testamento, através de suas ações e tecnologias utilizadas.
Por hora, vamos
retratar como se fossem apenas dois, para simplificar também, ao abordar sobre
os mocinhos e os bandidos.
O Diabo
é quem tem as perspectivas mais largas sobre Deus, por isso se distancia tanto
dele; o Diabo é o amigo mais antigo do Conhecimento. (Nietzsche)
Cabe a cada um
de nós superar e transcender as limitações e escravidões que nos impuseram
desde o passado remoto, através da Bíblia e das religiões.
O que
falta na religião é a obrigação de nos considerarmos a nós próprios como fonte
de valores. (Nietzsche).
A conversão de Abraão
Logo após o
encontro com Melquisedeque, Abraão disse ao rei de Sodoma:
Levantei
minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, e juro
que, desde um fio até à correia dum sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o
que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abraão. (Gênesis 14:22-23)
Ou seja, ele
disse que, devido ao acordo feito agora com este outro ser, ele não faria mais
o que sempre fez. Não mais saquearia. Isso significa também deixar as demais
atividades criminosas que ele fazia antes, como a matança e o dízimo das
ofertas dos roubos através das guerras. Ou não está claro o bastante?
Ele estava
voltando da matança dos reis e, desta vez, optou por não matar o rei de Sodoma
e ainda recusou os despojos da guerra, o que antes ele não fazia e nem poderia,
porque estava sob o comando do outro “deus” de Moisés.
Não aceitar mais
os despojos da guerra significa que ele não tinha o dízimo, que alegaram que
ele teria dado a Melquisedeque. Isso também está claro, para quem quer
de fato enxergar além das adulterações feitas.
Abraão
confirmou que aceitou o ensinamento de Melquisedeque, ao levantar a
mão ao “Senhor”. Um costume daquela época, nesse caso, ao receber os simbólicos
“pão” e “vinho”. Boa-nova, novo ensinamento. Novidade.
Todavia, o texto
está todo adulterado e adaptado às crenças religiosas. Acrescentaram o
linguajar e o costume religioso do passado, de maneira conveniente.
Ali ficou
evidente a sua conversão ou mudança de visão, assim como aconteceu também com Saulo
de Tarso (Paulo), fariseu de nascença e depois ex-fariseu, no Novo
Testamento.
A conversão do
apóstolo Paulo, através de Jesus Cristo (com o corpo interior
já restaurado), foi semelhante à conversão de Abraão. Houve a presença
da grande nave (kvd). Afinal, Melquisedeque não era do planeta Terra,
como sugere o livro de Hebreus.
As mentes
lineares não alcançaram ainda este mistério que aconteceu com Paulo.
Quanto a conversão de Abraão, através de Melquisedeque,
restou quase nada escrito. Melquisedeque ensinou exatamente o que Jesus
havia ensinado, cujo conteúdo raro e original se perdeu também na história.
Fique atento,
porque está tudo interligado e conectado. Embora o conteúdo se encontre
invertido, como veremos. Pior ainda, o texto está todo misturado, além de
invertido.
Deixaram-no
conveniente com as suas crenças de morte e de condenação. Fizeram muita adaptação
para enganar. Tudo isso com muita “boa intenção” em “salvar” a humanidade – e
para ganhar dinheiro, claro.
Hoje, estão
fazendo desenhos animados com o propósito funesto de “evangelizar” as crianças.
Estão se empenhando em corromper as crianças inocentes, crendo que estão
“salvando”.
Acham que são
mais inocentes, mais puras e mais inteligentes que as crianças. E parece que
ninguém percebe a insanidade. O efeito que produzem nas crianças é o contrário
do que esperam. As crianças perdem a inocência e ficam maldosas, maliciosas,
preconceituosas e desconfiadas, com tanta loucura e contradição escrita na
Bíblia.
Era costume
levantar as mãos, como ainda hoje numa religião baseada na Bíblia, para se
fazer qualquer promessa ou acordo, independentemente de qual “deus” (ser)
tivesse proposto, seja lá o que fosse.
Dessa vez, Abraão
deixou de fazer o que Moisés viria a fazer posteriormente, por engano
também.
Abraão
mudou de ideia de repente. Houve, ali, a verdadeira conversão, como aconteceu
com os verdadeiros apóstolos de Jesus Cristo.
Melquisedeque
tinha o mesmo conhecimento multidimensional que Jesus Nazareno também
alcançou. Algo que nenhum religioso moralista pode alcançar, senão apenas
tentar copiar e, assim, deturpar tudo. Como os escribas religiosos fizeram.
Naquela época,
havia o ritual primitivo de sacrifícios humanos e de animais, que era oferecido
aos supostos “deuses” vivos e também aos ídolos.
Os filhos
primogênitos também eram oferenda de sacrifícios (II Reis 3:27; 16:3), porém
tentaram ocultar, mas não conseguiram totalmente. Mais adiante, eu demonstro,
dentro da própria Bíblia, que o “deus” personificado de Moisés também
aceitou holocausto humano.
Acrescentaram em
II Reis 3:27, que houve grande indignação em Israel devido ao holocausto do
primogênito do rei dos moabitas. Porém, como poderia haver alguma indignação,
se era um costume, ou herança cultural?
Este é um
assunto polêmico, porque consta que eram os gentios que ofereciam seus filhos
primogênitos em holocaustos. Mas o próprio “deus” personificado de Moisés
continha, em sua receita alimentar predileta, os filhos primogênitos.
Como diferenciar
quem era gentil e quem não era, nesse caso, se todos praticavam os mesmos
holocaustos? Basta prestar atenção no que está escrito para perceber quem fazia
o quê.
A palavra
“gentios” significa “nações”, porém passou a ser utilizada para designar as
pessoas que não pertenciam à mesma crença religiosa dos hebreus. No entanto, os
rituais religiosos praticados eram, muitas vezes, semelhantes, como o exemplo
do holocausto. Outras religiões também ofereciam holocaustos aos seus “deuses”,
tanto aos vivos como aos ídolos.
Fonte: www.ironiahistorica.com.br
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