Conforme os
versículos citados anteriormente em Isaías 1:10-18 e Salmos 40:6-7, desde
então, não era mais necessário o dízimo das ofertas dos despojos das guerras,
já que as ofertas foram reprovadas e abolidas. Isso não significa suposição,
nem teoria intelectual. Está escrito.
Qualquer
argumentação, além disso, não passa de justificativas hipócritas, com o
objetivo de manter o passado e continuar lucrando da mesma maneira que ontem, à
custa dos leigos e ignorantes. Embora, o dízimo foi
também utilizado no passado, para propósitos nobres e ainda hoje também. Mas,
são casos raros.
Nos versículos
citados antes, em Isaías 1:16-17, foi utilizada a dualidade, que era a
linguagem que o povo entendia (bem e mal), embora o versículo 17 tenha sido
manipulado.
Ou seja, os
seguidores do “deus” de Moisés, ao mesmo tempo em que eram religiosos
moralistas, faziam o “mal”, crendo que estavam fazendo o “bem”, porque era o
“deus” deles quem incentivava, como acontece ainda hoje. Julgam e condenam as
pessoas, achando que sejam melhores e “santos”, apesar de suas atitudes
contrárias.
A esse fenômeno
psicológico, eu chamo de mente invertida ou condicionada. Agem
bem-intencionados, com base numa crença de terceiros, inserida na mente, a qual
produz um efeito contrário. E, hoje em dia, como estamos com toda esta confusão
herdada?
Qual foi o
perdão para tal “pecado” (estupidez, ignorância, insensatez), sugerido pelos
versículos citados antes, em Isaías 1:10-18?
O versículo 18
se refere apenas a uma questão de percepção. Mudar o foco da mente. Perceber
que não era como eles acreditavam, pois foram enganados. Só isso. Assim como o
rei Davi também ficou sabendo e mudou de ideia, conforme está escrito
em Salmos 40:6-7 e 50:12-14.
Antes, poderiam
até não saber, porém, depois que foram alertados, sim, caso quisessem. Não tem
nada a ver com o que continuam apregoando ainda hoje, escravizando ainda mais o
ser humano, através da ideia de “pecado”, inexistente.
Por exemplo, se
a doutrina moralista milenar, com base na ideia de “pecado”, fosse de fato
eficaz, os fariseus e demais religiosos teriam ficado perfeitos há muito tempo.
Pelo contrário. Nesse caso, Jesus não precisaria ter ensinado sua
boa-nova.
Observe o
péssimo exemplo dos fariseus religiosos, que se degeneraram, tornando-se ainda
mais violentos e preconceituosos, devido à educação obtida através do Velho
Testamento.
Por sua vez,
observe alguns pastores e ex-pastores evangélicos, sinceros, se esforçando
desesperadamente, através de interpretações forçadas, para tornar as mensagens
da Bíblia mais leves, otimistas, acessíveis e úteis.
Alguns conseguem
“melhorar” o conteúdo um pouquinho, como o exemplo raro de Caio Fábio,
e acham que já conseguiram o máximo. Porém, quanto mais lucidez alguém tiver,
mais claro ele pode enxergar o que está escrito.
Muitos estranham
o termo “pecado inexistente” e alegam que, se não existe pecado, então eu posso
fazer o que eu quero. Exato, você é livre para fazer o que quiser. Porém, suas
ações estão diretamente relacionadas a sua índole ou vibração interior.
Se você faz aos
outros, o que não gostaria que fizessem com você, o Amor de Cristo, como diz os
Evangelhos, não está em ti. Pelo menos, não está evidente, independentemente
que você seja religioso ou não.
Enquanto isso,
há coisas consideradas “erradas”, que é “errada” apenas para as religiões ou
sociedades influenciadas pelas religiões. Por exemplo, na época de Jesus,
muitos religiosos eram vegetarianos, não trabalhavam no sábado, beber vinho era
considerado “pecado”. Por isso, chamavam Jesus de “pecador” (João
9:24).
Veja também:
Alguns
dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. (João
9:16)
Se você é
vegetariano ou vegano, por opção e não por obrigação religiosa, você não é um
escravo de regras ou doutrinas.
Quanto ao
conceito de “pecado”, troque por “consequência”. Neste mundo regido pela mente
dualista, tudo é dual enquanto acreditamos em tal “realidade” relativa.
Predomina a lei de causa e efeito. Portanto, seja responsável e lúcido, se for
possível.
Ninguém
precisaria dizer, não seja pedófilo. Não pratique sexo com criancinhas
inocentes, porque elas sofrem e ficam traumatizadas. Tenha o mínimo de amor e
respeito.
Oh,
quanta supérflua crueldade e tortura animal teve origem nas religiões que
inventaram o pecado! E nos homens que quiseram, com isso, ter a mais alta
fruição do seu poder! (Nietzsche)
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