Conforme consta
no livro do Gênesis, os três varões sabiam que os moradores de Sodoma e Gomorra
eram violentos e decadentes. Já não havia o mínimo amor e respeito pelos seus
semelhantes, senão o preconceito, roubos e derramamento de sangue inocente.
Estavam agindo
semelhantemente aos fariseus na época de Jesus, que se esforçavam em
vão para obedecer à lei dos dez mandamentos, que dizia para o ser humano não
matar, mas em seguida justificava porque deveria matar seu semelhante.
Com relação à
guerra, a diferença do objetivo bélico, entre o “deus” personificado de Abraão
e o de Moisés, estava no fato de o “deus” de Abraão efetuar
uma guerra programada (após um diálogo), e não aleatoriamente. Através de
objetivos específicos, visando o bem-estar da humanidade e a paz.
Já o “deus”
personificado de Moisés fazia guerra diariamente e aleatoriamente,
visando apenas seu objetivo próprio, de maneira egoísta.
Quanto ao
preconceito citado antes, as pessoas escolhidas para fazer holocaustos não
podiam ter o nariz chato, nem alguma deficiência física (Levítico 21:16-24).
Enquanto isso,
muitos religiosos apegados à Bíblia tentam justificar o preconceito bíblico,
pensando que o “deus” personificado de Moisés era um ser nobre, que
fazia somente o “bem”.
Alegam que o
processo do holocausto exigia habilidade, força física, etc. Porém, tais
palavras não justificam a questão do preconceito com o nariz chato e com o
testículo quebrado.
Se fosse hoje, o
Carlinhos Brown, por exemplo, não poderia fazer holocausto. Mesmo
assim, ele é um indivíduo talentoso, fora a inveja e o preconceito a seu
respeito.
Através da
moralidade religiosa imposta que acabamos herdando, a pessoa não pode ser
feliz, útil, autônomo, negro, nem ter o nariz chato, ou uma religião diferente.
O preconceito herdado tem origem bíblica. Eram apenas ideias, preferências do
suposto “deus” personificado de Moisés.
Adorar alguma
entidade, que não fosse o “deus” de Moisés, deveria ser morto
(Deuteronômio 13:6-10). Isso significa que era proibido ter uma religião
diferente da religião patriarcal, moralista, machista e sanguinária. A
mesma que a humanidade herdou.
Os valores foram
invertidos em nome de um “deus” mentiroso, corrupto e preconceituoso. Somente a
escória da humanidade deve triunfar. Quem tem de fato alguma virtude, é
humilde, livre, alegre e ama, deve ser denegrido ou destruído em nome da moral
imposta (preconceito). Observe.
Quando me refiro
ao termo “escória”, não me refiro aos menos favorecidos da sociedade, porém aos
ignorantes, preconceituosos e corruptos, que se consideram “santos” e
“melhores” que os outros, embora suas atitudes os denunciem.
É necessário
certo grau de percepção e lucidez, para perceber o que aconteceu no passado e
permanece até agora, corrompendo a humanidade. A moralidade intelectual gera um
efeito reverso, promovendo a decadência humana.
Sob o
domínio da moralidade do costume, toda espécie de originalidade adquiriu má
consciência; até o momento de hoje, o horizonte dos melhores tornou-se ainda
mais sombrio do que deveria ser. (Nietzsche)
A mente humana
encontra-se identificada com os conceitos intelectuais opostos, “bem e mal”,
“moral e imoral”, “superior e inferior”, “santo e pecador”, etc. Julgando e
condenando a realidade simples e espontânea.
Na verdade,
independentemente de preconceitos e preferências intelectuais, a diferença
existente entre um indivíduo e outro está apenas na vibração interior e no grau
de percepção e lucidez experimentado por cada um de nós.
Este fenômeno
está ao alcance de quem consegue uma mente flexível, livre de dogmas e crenças,
mesmo que não tenha muita instrução intelectual. Esta é uma grande vantagem. A
instrução intelectual significa apenas teorias, cópia do que fizeram e disseram
(memória virtual). A mesma ignorância de sempre. Não há novidade, ou boa-nova.
Fonte: www.ironiahistorica.com.br
Leia mais...
Fonte: www.ironiahistorica.com.br
Leia mais...
Nenhum comentário:
Postar um comentário