Primeiro veremos
a questão da genealogia de Melquisedeque, o qual não nasceu, nem
morreu no planeta Terra. Esse fenômeno é algo que até agora tem sido
interpretado de forma religiosa, superficial e ingênua.
Foi-nos revelado
algo real, difícil de explicar e de ser aceito pelo intelecto superficial,
porque está relacionado com outras dimensões. Vejamos com atenção e livres de
crenças convenientes:
Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; a quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. (Hebreus 7:1-3)
Estas novas
informações sobre Melquisedeque, que constam no livro de Hebreus, no
Novo Testamento, deveriam constar também no Velho Testamento. Porém, a maioria
destas informações foi eliminada devido ao teor do conteúdo diferente das
crenças religiosas. Mesmo assim, ainda tentaram adaptar o pouco que restou, a
religião ultrapassada que não deu bons frutos.
Observe que Melquisedeque
era semelhante a Jesus em matéria de sabedoria. Entretanto, Melquisedeque
não tinha nada a ver com sacerdote ou sacerdócio, nem Jesus. Pelo
contrário. Isso significa adulteração da Bíblia. A adulteração dos textos
bíblicos, através dos escribas (escritores), é algo bem antigo, conforme consta
em Jeremias 8:8-9.
Na verdade, quem
crucificou Jesus foram os anciãos, os principais dos sacerdotes e os
escribas religiosos, conforme está escrito em Mateus 16:21-23. Portanto, Melquisedeque
e Jesus não tinham nada a ver com sacerdotes, nem hierarquias.
Melquisedeque
também nunca foi rei. Ele era apenas Juiz e Legislador do planeta Terra
(Gênesis 18:25). Sua missão era de justiça e paz, não exatamente por
interpretação, porém de fato, literalmente.
Como eu observei
antes, na introdução deste livro, o conteúdo de Melquisedeque que
restou foi mesclado com outros nomes, para que o texto ficasse coerente com as
crenças religiosas do passado.
Ele não tinha
nenhum título, além de sua função necessária e fundamental, cumprida à risca.
Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és que julgas a outrem? (Tiago 4:12)
O termo antigo
“salvar” significa libertar o indivíduo do jugo das religiões moralistas
(Isaías 58:6). O contrário do que ensinam até hoje. Inverteram tudo para ficar
como antes.
Quanto ao termo
“destruir”, é o que veremos no episódio de Sodoma e Gomorra. Expondo o
verdadeiro motivo da destruição, conforme descrito no livro de Isaías
(1:10-18), e não o motivo que sugeriram através das falsificações.
Ao examinar a
Bíblia, é preciso tomar cuidado com as adulterações que foram inseridas, desde
o Velho até o Novo Testamento. O objetivo era manter as pessoas com as mesmas
crenças antigas dos fariseus – e conseguiram.
Melquisedeque
encontrou Abraão quando ele regressava da matança dos reis. Isso era o
que Abraão fazia antes, inclusive dava o dízimo também, quando servia
ao “deus” personificado de Moisés.
Abraão
tinha acabado de saquear as riquezas do rei de Sodoma, e ia matá-lo, como
sempre fazia. Porém, desta vez não fez. E ainda falou para o rei de Sodoma,
sobre sua mudança radical (conversão):
E o rei de Sodoma disse a Abrão: Dá-me a mim as almas e a fazenda toma para ti. Abrão, porém, disse ao rei de Sodoma: Levantei minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, e juro que, desde um fio até à correia dum sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão. (Gênesis 14:21-23)
Observe com
atenção a expressão “Levantei minha mão ao Senhor”.
O nome de Abraão
ainda era Abrão. Depois Melquisedeque mudou para Abraão,
assim como Jesus também fazia com seus discípulos. Este é mais um
detalhe que liga Jesus a Melquisedeque. As semelhanças, além
da sabedoria de seus conteúdos perdidos, que não tinham nada a ver com religião
ou crenças farisaicas que a humanidade herdou.
Todo o
ensinamento de Melquisedeque, assim como o de Jesus, foi
deturpado pelos religiosos do passado, porque ia além do moralismo hipócrita
religioso. Deixaram o conteúdo coerente com suas crenças pobres e doentias.
Melquisedeque
era Juiz e Legislador, e não rei. Ele não tinha pai nem mãe aqui no planeta
Terra. Sem genealogia. Não nasceu nem morreu na terra. Mais claro que isso,
impossível. E muitos se esforçam para não compreenderem algo tão claro, devido
às crenças religiosas herdadas, que negam as evidências escritas.
Quanto a ele ser
semelhante a Jesus Cristo, muitos não compreenderam ainda. Tem a ver,
com a sua sabedoria, com o “pão” e o “vinho” que ele deu de graça e Abraão
se transformou numa nova pessoa, ou nova criatura, segundo o vocabulário da
Bíblia. Por isso, Abraão desistiu de roubar e matar. Portanto, não
precisava mais dar o dízimo das ofertas dos roubos, porque não havia mais
saques, nem guerras.
Observe, no
Velho Testamento, que todos aqueles que serviam ao “deus” personificado de Moisés
saqueavam e davam o dízimo da oferta dos despojos (roubos) das
guerras. Era a esse suposto “deus” personificado de Moisés que Abraão
também servia. Porém, tentaram envolver Melquisedeque também no
dízimo, para deixar o conteúdo coerente com a crença religiosa herdada do
“deus” de Moisés, moralista e contraditório, considerado o “Santo de
Israel”.
Não se esqueça
dessa valiosa e rara informação, porque adulteraram o texto bíblico, com o
intuito de confundir quem lesse no futuro.
Antes ser louco por seu próprio critério, que sábio segundo a opinião dos outros! (Nietzsche)
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